GDF classifica greve de professores como abusiva e promete ir à justiça; Entenda

Distrito Federal

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) anunciou que ingressará na Justiça contra a greve iniciada pelos professores da rede pública nesta terça-feira (27/5). Segundo a pasta, o movimento é “abusivo, ilegal e desproporcional”, com impactos negativos imediatos sobre estudantes e famílias do DF.

A paralisação, convocada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), foi aprovada em assembleia realizada no Eixo Cultural Ibero-Americano, antiga Funarte, em Brasília. A categoria reivindica reajuste salarial de 19,8% e a reestruturação do plano de carreira. O movimento é por tempo indeterminado.

Governo diz que já cumpre reajuste e vê motivação política

Em nota oficial, a SEE-DF afirmou que o Governo do Distrito Federal está em dia com os compromissos firmados com a categoria. Segundo o órgão, a terceira e última parcela do reajuste de 18% será paga em julho de 2025, totalizando um ganho linear concedido entre 2023 e 2025.

Além disso, a secretaria informou que a incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped) ao vencimento básico da carreira está em andamento, com conclusão prevista para janeiro de 2026. Com isso, o governo alega que os ganhos estruturais para os docentes chegam a 30% sobre a base salarial de 2023.

Para o GDF, a paralisação tem viés político. A SEE-DF destacou que a greve ocorre um dia antes da eleição interna do Sinpro-DF, marcada para esta quarta-feira (28). “O movimento paredista revela caráter político-eleitoreiro, descolado de um real compromisso com a educação pública”, diz a nota.

Impactos e providências judiciais

O governo argumenta que a paralisação compromete o calendário escolar, gera desperdício de recursos e obriga a realização de reposições, com impacto direto sobre os cofres públicos e o aprendizado dos estudantes.

A SEE-DF informou que vai acionar o Poder Judiciário para assegurar o funcionamento das escolas e responsabilizar o sindicato por possíveis danos financeiros ao erário público. A secretaria reforça que atuará para garantir o interesse coletivo e o direito dos alunos à educação.

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