PF faz operação contra grupo militar suspeito de espionagem e assassinato

Brasil Destaques

A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira (28/5) mandados contra um grupo militar investigado por espionagem e planejamento de assassinatos de autoridades no Distrito Federal e outros estados. Autodenominada “Comando C4: Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”, a organização é composta por militares da reserva e civis armados.

De acordo com as investigações, a PF identificou uma tabela com valores supostamente cobrados pelo grupo para vigiar ou eliminar alvos. O preço variava conforme a posição da pessoa visada:

AlvoValor Cobrado
Ministros do JudiciárioR$ 250 mil
SenadoresR$ 150 mil
DeputadosR$ 100 mil
Figuras normaisR$ 50 mil

A PF suspeita que os valores mais baixos indiquem serviços de espionagem, mas não descarta a oferta de assassinatos sob encomenda. Entre os alvos mapeados, estaria o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Anotações apreendidas indicavam “vigilância armada” no dia da chegada do parlamentar ao país.

Armamento pesado, disfarces e plano de ataque

Além da lista de alvos e valores, os agentes apreenderam materiais que seriam usados nas ações do grupo: fuzis de sniper, drones, minas magnéticas, explosivos com detonação remota, placas falsas de veículos, perucas, bigodes e até garotos de programa, segundo os autos.

A operação da PF faz parte da Operação Sisamnes, que chegou hoje à sétima fase. A investigação teve início após o homicídio do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá (MT), em 2023. Ele foi morto a tiros na porta do próprio escritório. A perícia no celular da vítima revelou indícios de um esquema de compra de decisões judiciais no STJ, o que levou ao aprofundamento da investigação.

Coronel da reserva é suspeito de liderar o grupo

O principal suspeito de liderar a organização é o coronel da reserva do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, de 68 anos. Preso desde janeiro de 2024, ele é investigado por envolvimento direto na morte do advogado. A defesa nega a participação e alega que ele foi citado após suposta tortura a outros investigados.

Outro preso na operação é o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, apontado como mandante do homicídio de Zampieri. A motivação estaria ligada a uma disputa de terras no Mato Grosso, com valor estimado em R$ 100 milhões.

As investigações seguem em curso, e a PF não descarta novos desdobramentos no DF e em outros estados.


Se desejar, posso adaptar esse conteúdo para um boletim local, uma newsletter digital ou formato audiovisual. Deseja outra versão?

Tagged

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *