A 50ª edição do Campeonato Candango chegou ao fim, deixando não apenas um campeão – o Gama, que conquistou seu 14º título – mas também revelando dados significativos sobre o engajamento das torcidas. Um estudo realizado pelo Distrito do Esporte mostrou que o Gama dominou as médias de público da competição, destacando-se claramente dos demais participantes.
O campeão Gama estabeleceu um padrão impressionante no Bezerrão, sua fortaleza alviverde, o qual não perde desde a reabertura. Com média de 6.200 torcedores por jogo, a equipe manteve invencibilidade em casa (5 vitórias e 2 empates em 7 jogos), culminando com seu maior público na vitória por 3-0 sobre o Brasiliense, quando 13.186 pessoas lotaram as arquibancadas. Esse apoio massivo foi, sem dúvida, um dos pilares do título gamense.
O vice-campeão Capital, vem em seguida, um pouco longe ainda, mas mostrou um crescimento notável. Com média de 1.182 torcedores no Estádio JK – 100% de aproveitamento em seis jogos como mandante – o clube do Paranoá demonstrou que estratégias de marketing eficazes (como promoções combinando ingressos com camisas ou bandeiras) podem transformar o cenário de um time. O ápice veio na final, quando mais de 16 mil tricolores compareceram ao Mané Garrincha.
O ranking completo revela uma divisão clara no futebol candango:
1. Gama – 6.200
2. Capital – 1.182
3. Ceilândia – 857
4. Brasiliense – 632
5. Legião – 585*
6. Sobradinho – 346
7. Samambaia – 227
8. Paranoá – 198
9. Real Brasília – 145
10. Ceilandense – 126
(*média inflada pelo jogo contra o Gama com 2.030 presentes; sem este jogo, cairia para 106)
Os dados trazidos pelo Distrito do Esporte mostram que, enquanto Gama e Capital conseguem mobilizar milhares, os demais clubes lutam para superar a marca de mil espectadores por jogo. O Ceilândia, atual campeão, ficou em terceiro com 857 torcedores de média, seguido pelo Brasiliense (632) e Legião (585). Na parte inferior da tabela, Sobradinho (346), Samambaia (227), Paranoá (198), Real Brasília (145) e Ceilandense (126) completam o levantamento.
O destaque, contudo, vai para o impressionante crescimento do Capital na era pós-SAF. O clube está em um processo de construção de torcida, criando uma forte identificação com o Paranoá. A boa campanha no ano passado, que trouxe calendário para o tricolor neste ano, aliada com a excepcional campanha na Copa do Brasil podem ser vistas como a mola propulsora da construção dessa identidade.
Esses números oferecem um retrato valioso para clubes e organizadores: enquanto algumas equipes descobriram fórmulas para atrair torcedores, outras ainda buscam soluções para engajar suas comunidades. O desafio para as próximas edições será justamente reduzir essa disparidade, tornando o Candangão não apenas uma competição equilibrada em campo, mas também nas arquibancadas.