Hospital de Santa Maria Inaugura Tomógrafo de Última Geração

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Novo equipamento de 64 a 80 cortes ampliará capacidade para até 200 exames diários; IgesDF anuncia próxima aquisição de ressonância magnética.

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) inaugurou nesta quinta-feira (4) um tomógrafo computadorizado de última geração com capacidade entre 64 e 80 cortes, representando significativo avanço na precisão diagnóstica da unidade.

O novo equipamento, adquirido com recursos federais através de emenda do senador Izalci Lucas, permitirá realizar até 200 exames diários e substitui aparelho anterior de apenas seis canais considerado defasado para a demanda do hospital, que possui mais de 400 leitos.

Qual a importância clínica do novo equipamento para o hospital?

A implementação do tomógrafo de 64 a 80 cortes no HRSM representa salto tecnológico significativo na capacidade diagnóstica da unidade. Esta nova geração de equipamentos oferece maior resolução de imagens, velocidade de aquisição aprimorada e redução na dose de radiação para os pacientes, comparado ao modelo anterior de seis canais. Estas características técnicas permitem diagnósticos mais precisos de patologias complexas, especialmente em áreas como neurologia, cardiologia e oncologia.

Cleber Monteiro, presidente do IgesDF, contextualizou o impacto:

O novo tomógrafo não é apenas tecnologia, é uma resposta concreta às necessidades da população. Mais resolutividade significa menos deslocamentos e diagnósticos mais ágeis“.

Para um hospital com mais de 400 leitos e alto volume ambulatorial, esta modernização é essencial para acompanhar a crescente demanda por exames de imagem especializados.

Como o novo tomógrafo impactará a capacidade de atendimento?

Com o novo equipamento de tomografia, o Hospital Regional de Santa Maria ampliará sua capacidade operacional para realizar entre 180 e 200 exames diários, dependendo da complexidade dos casos. Este incremento permitirá reduzir significativamente as filas de espera, especialmente para procedimentos que exigem contraste e estudos vasculares, que anteriormente enfrentavam represamento considerável.

Cristiano Dias, chefe da radiologia do HRSM, explicou as melhorias específicas: “Agora poderemos realizar estudos cardiológicos, de coronárias, abdômen e diversos outros com muito mais qualidade. É um ganho expressivo para toda a rede”. A ampliação da capacidade diagnóstica beneficiará não apenas pacientes de Santa Maria, mas também de UPAs, UBSs da região e municípios do Entorno do DF que dependem do hospital como referência.

A instalação do tomógrafo de última geração exigiu obra especializada de adequação da infraestrutura física do hospital. A engenharia do IgesDF executou intervenção que incluiu blindagem radiológica completa do ambiente com mineral barita no piso, paredes e teto, sistema de climatização específico para controle térmico do equipamento e outras adaptações técnicas exigidas pelo fabricante. O investimento nestas adequações foi de aproximadamente R$ 130 mil.

Quais adaptações físicas foram necessárias para instalação?

Tatiana Tostes, gerente-geral de Engenharia do IgesDF, detalhou o processo: “Todo o projeto foi desenvolvido pela nossa equipe. A obra foi essencial para garantir segurança radiológica e o funcionamento pleno do aparelho”. Estas adaptações são fundamentais para assegurar tanto a proteção dos profissionais e pacientes quanto o desempenho técnico ideal do equipamento.

Qual o impacto na gestão hospitalar e fluxo de pacientes?

A gerente de Apoio e Diagnóstico Terapêutico, Marlucy Mendes, destacou que a modernização trará benefícios imediatos na gestão hospitalar: “O novo tomógrafo vai facilitar o giro de leitos, agilizar resultados e aprimorar todo o fluxo interno do hospital”. A maior agilidade diagnóstica permite decisões clínicas mais rápidas sobre internações, tratamentos e altas, otimizando a utilização dos mais de 400 leitos disponíveis.

Frederico Costa, superintendente do HRSM, reforçou esta perspectiva: “Esse equipamento nos dá mais autonomia, amplia nossa capacidade de resposta e garante diagnósticos mais rápidos e precisos”. Para um hospital que é o segundo maior do DF em volume de atendimentos e leitos, esta autonomia diagnóstica é estratégica para reduzir encaminhamentos desnecessários a outras unidades.

Quais os próximos passos na modernização do HRSM?

O vice-presidente do IgesDF, Rubens Pimentel, anunciou importante novidade para os próximos meses: “Em breve teremos, aqui na frente, a ressonância magnética. O projeto já está aprovado e o contrato, assinado”. A chegada do equipamento de ressonância magnética complementará a capacidade diagnóstica do novo tomógrafo, criando um centro de imagem integrado de alta complexidade no Hospital Regional de Santa Maria.

Esta complementaridade tecnológica é fundamental, pois enquanto a tomografia computadorizada é ideal para avaliação de estruturas ósseas, hemorragias e algumas patologias abdominais, a ressonância magnética oferece superioridade na visualização de tecidos moles, sistema nervoso central e articulações. A combinação dos dois equipamentos tornará o HRSM referência ainda mais robusta em diagnóstico por imagem.

Como esta modernização impacta a região de Santa Maria e entorno?

Rodolfo Lira, diretor de Atenção à Saúde do IgesDF, contextualizou o significado regional:

Santa Maria deve se orgulhar de contar com um aparelho desse porte. O hospital já é o segundo maior do DF em volume de atendimentos e leitos e agora se consolida também em infraestrutura e tecnologia”.

Esta consolidação fortalece o HRSM como polo de saúde para toda a região administrativa e municípios vizinhos de Goiás.

Para a população, a principal vantagem será a redução da necessidade de deslocamento para outros hospitais em busca de exames especializados. Pacientes que anteriormente precisavam ser transferidos para unidades como o Hospital de Base ou o Hospital Regional da Asa Norte agora poderão receber diagnóstico completo e tratamento adequado em sua própria região, economizando tempo, recursos e reduzindo o estresse associado a deslocamentos longos em situação de saúde fragilizada.

Qual o significado desta aquisição para o sistema público de saúde do DF?

A aquisição do tomógrafo de última geração para o HRSM representa parte da estratégia mais ampla de modernização da rede pública de saúde do Distrito Federal. Ao equipar hospitais regionais com tecnologia de ponta, o governo distrital busca descentralizar serviços especializados, desafogar unidades centrais e oferecer atendimento de qualidade mais próximo das comunidades.

O investimento em tecnologia diagnóstica avançada também tem impacto econômico a longo prazo, pois diagnósticos mais precoces e precisos frequentemente resultam em tratamentos mais eficazes, menor tempo de internação e redução de complicações. Esta eficiência clínica se traduz em economia para o sistema de saúde como um todo, além dos evidentes benefícios para a saúde individual dos pacientes.

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